Sobre UX e o meu aprendizado na área

Sammer Markis
6 min readMay 17, 2022

Você já ouviu falar de UX Design? UX é nada menos do que “User experience” ou “Experiência do usuário” em português. E nesse texto vou falar um pouco do que aprendi durante o início da minha jornada na área até aqui.

O Que é UX

Como havia dito, UX significa exatamente “Experiência do Usuário”, uma área que ganha cada vez mais adeptos no Brasil, para a sorte do usuário. Já nos aprofundando um pouco mais no conceito, a experiência do usuário é a área responsável por pensar e desenhar a experiência do usuário não apenas com entregas digitais, mas também podendo ser utilizada em produtos físicos e serviços. Já se você ainda está em dúvida podemos ver uma frase do criador do termo:

Don Norman e sua definição de experiência do usuário.

Minha Experiência

Minha experiência com UX não é nova, todos nós já passamos por boas e más experiências com diversos sistemas e produtos. Mas minha relação com o estudo da área é um pouco mais recente. Apesar de ter ouvido falar sobre a área há anos, o máximo que eu tinha visto eram discussões sobre o tema, isso mudou quando com o objetivo de uma recolocação profissional eu resolvi me aprofundar no tema de UX Writing e por consequência UX Design também.

Design de interfaces
Photo by Amélie Mourichon on Unsplash

Apesar de assistir vídeos, ler artigos e podcasts, preferi tomar a atitude de fazer um curso mais tradicional para aprender de forma estruturada e com todo o planejamento dos criadores por trás. Foi assim que acabei fazendo o curso UX/UI Design da EBAC. O que mais me surpreendeu do curso foi a velocidade com que eu aprendia coisas novas ao assistir as aulas, certamente foi um período de aprendizado imenso e o fato de ter executado projetos que poderiam ir para o certificado foi um bônus maravilhoso.

Nesse período eu me deparei com muitos exemplos de boa e má usabilidade e minha percepção desses detalhes foi ampliada. O que me fez acabar reunindo uma lista de problemas que percebi em diversos sites.

E no fim até mesmo desenvolver um case study com o site do INEP.

Princípios de UX

Mergulhando um pouco na parte teórica podemos afirmar que existen alguns princípios que comandam as boas práticas no UX. Dentre esses princípios citaremos as 10 Heurísticas de Nielsen, um estudo fundamental sobre usabilidade de sistemas web. As heurísticas de Nielsen são 10 princípios básicos que tem por objetivo melhorar a usabilidade geral.

10 Heurísticas de Nielsen

A lista é grande, mas uma que podemos citar mais a fundo é a heurística número 2, Correspondência entre o sistema e o mundo real. Essa heurística foca em manter uma mesma língua comum com o usuário, não permitindo que ocorram casos em que o sistema se comunica de uma forma totalmente alienígena para o usuário. E essa foi a heurística que serviu de base para o case que citei anteriormente, o objetivo era trazer a taxonomia do site para algo mais próximo e que conversasse com o usuário, facilitando seu entendimento.

Estatísticas usabilidade
Link para o site completo

Outro princípio importante do UX que leva a boas práticas é o foco no usuário, o centro de todo processo e maior impactado por nossas construções. O designer UX deve sempre focar no usuário e praticar a empatia, para assim se colocar no lugar do usuário e ter uma visão não nublada da situação. Além desses existem diversos princípios e boas práticas que se espalham pela internet, então se você quiser saber mais sobre o assunto eu recomendo o post “Conheça os 9 Erros de Usabilidade e Saiba Como Evitá-los!” do editorial Aela.

Erros comuns

Como eu havia dito, depois que estudamos mais a fundo UX acabamos encontrando muitos erros pela internet em geral. Alguns mais sérios e outros nem tanto. Dentre esses erros que encontrei os mais comuns foram sobre Responsividade, Textos confusos e Menus longos demais.

Texto confuso em uma página do Coursera.
Erro de texto confuso na página da Coursera, onde os títulos das videoaulas parecem links clicáveis.

Além desses encontrei problemas de taxonomia e contraste. Já em pesquisas mais amplas na rede vimos que os erros mais comuns no geral são:

  • Responsividade
  • Inconsistência
  • Falta de legibilidade em textos
  • Interface confusas
  • Falta de hierarquia nos elementos
Hierarquia Visual
Hierarquia Visual

Como Resolver os erros mais comuns

Esses são os erros mais citados em artigos pela internet e o melhor é que eles são fáceis de serem resolvidos. Legibilidade, por exemplo, é algo que pode ser medido através de ferramentas para que assim possamos garantir a melhor experiência do usuário.

Baixo contraste — Erro de legibilidade.
Clássico erro de legibilidade, o baixo contraste do texto.

Outro bem simples de se resolver é a falta de hierarquia nos elementos da página.

Hierarquia Virtual
Boas práticas de Hierarquia Visual.

Algo que você pode aprender a representar melhor através desse super artigo da AelaSchool.

Importância do UX

Como vimos o UX tem por foco a experiência do usuário, algo que apesar de não parecer importante para algumas pessoas, faz toda a diferença real.

Frase Philip Kotler

Ainda na época do marketing 3.0 ouviamos falar da necessidade crescente de mudar o mercado e assim dar ao cliente não apenas os melhores produtos, preços e vantagens, mas dar também uma experiência única ao interagir com a empresa. Pois essa experiência seria amplamente necessária para levar o cliente a se conectar melhor com a marca e passar de consumidor para um verdadeiro apoiador da marca.

Anos depois chegamos ao marketing 4.0 onde o ambiente digital começava a ganhar cada vez mais espaço. Foi então, com essa visão em mente, que nos anos 1990 surgiram as 10 Heurísticas de Nielsen e a criação do termo “UX” por Don Norman.

Até aqui falamos da importância da UX para vender e fidelizar clientes, mas a UX não se limita a isso. A UX vem também para simplesmente melhorar o convívio do usuário com o sistema e diminuir o atrito, levando assim a um cliente mais satisfeito com a sua navegação. No ponto em que isso tange a pessoas com necessidade por sistemas mais acessíveis, a UX toma a frente para criar não apenas uma navegação mais prazerosa, mas também inclusiva.

Acessibilidade

Caso deseje saber mais sobre práticas inclusivas de acessibilidade digital recomendo esse post do Mangu.

Conclusão

Bom, esse foi meu aprendizado até agora e se você puder deixar um feedback ou mais dicas nos comentários irei agradecer imensamente!

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